A cibalena é um remédio/comprimido antigo – que não é fabricado mais – “cujo princípio ativo era o ácido acetilsalicílico e que era: um analgésico e antipirético indicado para o alívio da dor de cabeça, dor de dente, dores de ferimento e cirurgia, e para abaixar a febre causada por gripes e resfriados”. (Google). Enfim, servia para quase tudo, tal a sua credibilidade. Antigamente os remédios eram escassos, hoje tem remédio para tudo, o que leva os médicos, com as exceções devidas, a usar e abusar da prescrição de medicamentos para qualquer incomodo, como se para cada mal houvesse um remédio e o organismo humano não fosse um todo complexo.
Acredita-se piamente nos remédios como, se por si só, eles fossem a panaceia para qualquer mal. Será? Esta é uma pergunta que eu deixo para ser respondida por especialistas.
Eu publiquei no Facebook, o seguinte texto:
“Quando eu era criança e era acometido por um destes resfriados muito fortes, a minha mãe me dava chá de cidreira com cibalena.
E, hoje, passado tanto tempo, quando eu sou acometido por um resfriado, eu fico me indagando, se o que me curava era o chá de cidreira com cibalena ou os cuidados e os desvelos da minha mãe”.
Várias pessoas comentaram o referido texto, mas a maioria disse que o que mais me curava era a dedicação, a fé, o carinho e o amor da minha genitora. E um dos comentários, afirma-se que o amor de mãe cura até a alma.
A par de todas as deficiências do sistema de saúde e, de eventuais currículos dos cursos de medicina e afins, houvesse uma maior preocupação com o lado humano e psicológico das pessoas. Cada pessoa é um corolário de medos, alegrias, tristezas, angústias, carências, deficiências e defeitos que desaguam na saúde de cada vivente.
Eu vi outro dia uma reportagem sobre o Zimbáue, na África, onde um psiquiatra chamado Dr. Chibanda teve a brilhante ideia de treinar avós, com técnicas de terapia com evidências científicas para debelar a depressão altíssima. Um dos lemas do programa – “É sobre dar às pessoas as ferramentas que precisam para resolver seus próprios problemas”. A iniciativa teve e tem um grande êxito na prevenção e no resgate da saúde das pessoas e já está sendo implantado em outros países.
O que nos resgata das cavernas é a empatia, os cuidados e o amor ao próximo. E a todas as mães que nos ensinam os caminhos do bem e que cuidaram e cuidarão de todos os nossos males, lhes seja reservado um lugar aconchegante no paraíso.
E a todas as pessoas e, sobretudo, as mais velhas, que são entupidos de remédios diariamente – eu dedico este texto – para que façam uma reflexão sobre tantos medicamentos – cada vez mais caros – que engolem diariamente e poderiam ser parcialmente evitados com uma vida mais saudável. Ressaltando que remédio é uma droga e, portanto, a maioria delas tem efeitos colaterais e alguns muitos severos.
Renato Gomes Nery. E-mail – rgnery@terra.com.br