É o personagem de ficção criado por George Orwell, no livro “1984”, lançado em 1948 que se transformou em um filme de sucesso. Tal personagem onipresente: tudo vê e tudo pode no controle da sociedade, do Estado e das pessoas. Ele abandonou as páginas do referido livro e encarnou nos trópicos. Onde? No Brasil!
Depois de perder várias eleições, a pretensa esquerda assumiu o poder num sufrágio esmagador e onde permaneceu por 16 anos. Fez das suas: redescobriu o Brasil, investiu maciçamente em países de mesma linhagem ideológica. Usou e abusou de tantas coisas e envolveu em grossa corrupção. Enfim, desmoralizou-se a tal ponto que foi defenestrada por um personagem tão comum, no Brasil: o menos pior. Ressalte-se que esta é uma opção pelo pior.
O novo personagem que ascendeu ao poder prometia, desde o início, que tinha uma varinha mágica e iria de uma canetada só concertar o Brasil por decreto. Enfim, chegou a última fase do seu Governo abraçado com o capeta e ninguém sabe a que veio. A única coisa que produziu, em profusão, foram bravatas. Brigas e mais brigas com todos aqueles que não rezavam pela sua estapafúrdia cartilha autoritária. Enfim, o que se espera do mandatário é que ele promova a paz e a prosperidade, mas ele completou a tarefa da esquerda dividindo ainda mais a Pais.
O que fazer num impasse como este? O Grande Irmão teve que rever seus planos. E verificou que o monstro criado e entronizado por ele somente poderia ser vencido pelo líder maior da esquerda que estava preso por toda sorte de desmandos. Então resolveu-se ressuscitá-lo, para desespero do atual ocupante do Palácio do Planalto que estar atirando sofregamente para todos os lados. Passou-se por cima de leis e entendimentos consolidadas e, até, utilizou-se de provas ilegais, e o homem que era culpado e condenado emplacou um salvo conduto, passando a ser uma inocente vestal habilitada para concorrer às eleições do ano que vem.
O leitor deve estar se perguntado o que tudo isto tem a ver com o Big Brother do começo deste artigo. Tudo. Se não fosse ele, a esquerda não teria assumido o poder e nem a extrema direita a teria sucedido. Meu caro leitor, você é apenas uma peça do tabuleiro com direito ao voto universal e secreto, mas os candidatos são aqueles do cardápio oficial dos incontáveis partidos e seus respectivos conchavos, acertos e interesses. Vota-se numa lista pronta pré-estabelecida pelo confuso sistema partidário, custeado, a peso de ouro, pelo sempre crescente trem da alegria do fundo partidário. Enfim, esta é a nossa democracia!
Deixo, a você meu caro e fiel leitor a tarefa de descobrir a face do Big Brother que não é um surrado, repetitivo e enfadonho programa de televisão, mas quem manda neste desditoso País! Enfim, e tudo continuará como dantes no Quartel e Abrantes: uma merda!
Renato Gomes Nery. rgnery@terra.com.br